Aos Palestinos

Nos campos de refugiados
Esvai-se a dignidade
De um povo sem estado

Sou mais um palestino
Aqui desolado
E o meu destino
É viver acuado

Por aqueles que sofreram
Noutros campos, de concentração
E hoje apertam a ferida
Aumentam o ódio dessa nação

Perverso ódio imortal
Nesses dias mais de mil
Durante nossa história
Muita gente partiu

Bombas de lá pra cá
Homens, mulheres, crianças
Idosos arruinados
Vidas idas por vingança

Minha enorme agonia
Desperta militantes
Toca distantes corações
Comove sábios e ignorantes

Sangue é Sangue
Não importa fronteira
Muito menos religião
Onde a paz reina
Há compaixão