Deboche

O que foi sua primeira respiração
Tem me afogado silenciosamente
É inutil escrever para uma miragem
Que só em sonho me vejo em frente

Eu não posso reclamar do destino
mas me deixe contar o que vejo
O fantasma com que à noite deliro
Os detalhes de um antigo desejo

Pode ser que a assombração troce
Das memórias que em vão assassino
Divertindo-se com meus pesadelos
Debochando dos poemas que assino