Quimbundo Marimbondo

Milhares deles como que num quilombo
Angolano, com uma macumba ruidosa.
Ruído moleque que assustou a idosa!

Ira inocente tirou da quenga o cochilo,
Maxixe zumbindo a banza com estilo.
Bateu em retirada o jimbo e sua dança,
Ouvindo o xingar de toda vizinhança

Nerônica represália não tardou às quimeras.
Da grande casa fizeram fumegante cachimbo
O bando queimando pelo samba que houvera.

Heleninha

Hoje vemos o quanto tudo irá se transformar
Enquanto nos preocupávamos com o mundo
Legados à missão cujo fim é diverso do lar
Então a vida nos intimou ao bem mais profundo

Não ocorrem por acaso esses momentos
Ainda que ás vezes Deus pareça brincar
Há muita sabedoria nos conselhos do tempo,
Assim como são infinitas as ondas do mar

Releve, Helena, se não estiver a contento
Bobagens seu padrinho é especialista em dizer
Esta é uma tentativa de eternizar o sentimento
Saudadando o nascimento deste novo ser

Antes de te fazer qualquer dengo
Rindo a toa é como eu digo
A minha afilhada será Flamengo

Urge o momento da sua chegada
Já não podemos mais esperar
O tempo de te fazer mimada

Tinderella

Tantas ali dispostas da maneira mais atraentemente singular
Indo de encontro com: sabe Deus o que! E Deus sabe...
Do que o horóscopo com seus signos não pode manipular
Enquanto não acham quem, um dia, seus corações aldrabe.
Recorrem e riem-se das repetitivas conversas de larápios,
Esperançosas de que logo uma inspiração se revela
Lento, porém, passa o tempo desses cardápios
Até que lá não estejam mais: o tinder e ela.