Entre

Os primeiros homens eram nômades
pois para sobreviver precisavam caçar
De suas casas eram apenas hóspedes,
O mundo afora o que chamavam de lar.

Até uma mulher sugerir ideia insólita
Não comer os grãos e lançá-los pelo ar.
A agricultura, até então uma incógnita,
Nasceu da desventura da fome afrontar 

E antes de se mostrar assim tão próspera
Houve quem pudesse não achar salutar
Julgando parecer  tal ideia impróbida 
Porque a sobrevivência ousava arriscar.

Em torno da coragem dela, a dúvida
Que há entre a semente e o pomar.
Cultivar é sempre uma tarefa rígida 
De com fé manter esforço regular.