Souvenir

O­ correto seria ter certeza de que
Não há maneira mais estranha de iludir  
Do que olhar nos olhos e a verdade dizer,
Em palavras menos doces que um souvenir

Tampouco pode ser plausível enxergar
Em plena escura noite tão claro zênite
Mais míope se torna aquele que mui inocente
Vê no gesto algo além do que ele pode dar

Embora, se avisada, a guerra não se perde
Ruirá o castelo de quem tão pouco merece
Dar com os burros n’água de tanto sonhar

As miragens na areia lhe confundem a mente
Dando à consciência a convicção de que em frente
Está terra firme onde possa caminhar.

Irreconhecível

 Estou em ininterrupto autoirreconhecimento Uma saudade de mim mesmo De um eu que parecia ser maneiro demais Tinha mais leveza no falar e no...