Desacredito

Olho para trás e desacredito
Não parece que fui onde pisei
Que andei tão livre em delito
E nesse quesito me apaixonei.

Viajo léguas enquanto medito
Acerca da sorte com que deparei
E a lei me foi boa, pois nunca aflito
Como num rito, o melhor esperei.

Nessas memórias não há conflito
Só o êxtase das noites que virei
E beijei tantos lábios bem ditos
Uns eruditos, outros não sei.

Amanhã há de ser mais bonito
Talvez aqui eu não estarei
O rei é quem manda ser finito
O espaço aflito entre o era e o hei.

Irreconhecível

 Estou em ininterrupto autoirreconhecimento Uma saudade de mim mesmo De um eu que parecia ser maneiro demais Tinha mais leveza no falar e no...