Mente do amante

No fundos das alegrias resplandece a ternura
Em águas alvas do lago das minhas juras
Transparece a todo ensejo o que me cura:
As lembranças num bordejo de aventuras

A cabo das agonias se estabelece a tua doçura
Apazigua os sentimentos que com bravura
Devoravam o bom senso numa conjuntura
Dum estado quase intransponível de loucura

No cume das fantasias padece a tua censura
Só restando o desejo imortal na sala escura
Que abriga um casal em plena descompostura

Porque mereces o amor sem brandura
Que em sua excitação a certa altura
Incendeia a mente amante da cultura

Irreconhecível

 Estou em ininterrupto autoirreconhecimento Uma saudade de mim mesmo De um eu que parecia ser maneiro demais Tinha mais leveza no falar e no...