Sumira

Falando a um amigo sobre como me divertira
Ele me disse o quanto tudo aquilo iria mudar: 
“Recôndito à passagem dos ciclos, o balé lunar
nodula tatuagens invisíveis a quem nos mira”

Apreensivo pelo conselho que a paz sacudira
Neguei. Habituais prazeres não iria abandonar!
“Deixe de tolice, o que hoje é o conforto do lar
Amanhã incomoda até a visão e desperta a ira”

Insolente ignorei  o que a mensagem prevenira
Não ligando para o risco de amizades misturar,
Assisti à colorida fazer a de fato se opacar

Confuso é lembrar da amizade que sumira
Invés do amigo mais que perfeito abraçar 
Olho o pretérito mais que perfeito no lugar

Irreconhecível

 Estou em ininterrupto autoirreconhecimento Uma saudade de mim mesmo De um eu que parecia ser maneiro demais Tinha mais leveza no falar e no...